domingo, 27 de janeiro de 2013

Tarantino vs. Jodorowsky

Agora que estreia "Django Libertado" de Quentin Tarantino, lembrei-me de um western completamente atípico e original (muito mais atípico do que o filme do Tarantino) que é este inclassificável "El Topo" do realizador chileno Alejandro Jodorowsky. Um filme de uma liberdade estética espantosa que mistura doses iguais de surrealismo, misticismo, filosofia, simbolismo, bizarria e violência. 
Claro que Tarantino não tem nada (ou muito pouco) a ver com o universo e imaginário tão pessoais de Jodorowsky, mas julgo que um certo endeusamento pós-moderno de "Django Libertado" é exagerado. Mais a mais, quando o comparamos com a audácia formal de um filme como "El Topo", concebido há mais de 40 anos.  
 de 

3 comentários:

Vasco disse...

o Jodorowsky y "El Topo" estão muito acima desse pequeno psicopata com alguma piada

PortoMaravilha disse...

Ola'

Teve 6 Django antes este de Tarantino. Django libertado é uma parodia, uma re-criação, uma homenagem a Django de Sergio Corbucci.

Mas em Django existem também inumeras piscadelas homenagem ao western espargueti-italiano e à historia do cinema. Tarantino é uma dos raros cenaristas (com Cameron dizem) a trabalhar e a realizar so' os cena'rios. E além das imagens batidas o filme é a reformulação em western italiano da reformulação da escolha entre a independencia -individualismo e a solidereadade, entre o o espirito de sacrificio (kamikaze) e a luta pela sobrevivencia.

Parabéns pelo post.

Nuno

Peter Gunn disse...

O Tarantino nunca desmentiu que todos os seus filmes são baseados em outros, pegando no melhor / pior de cada um deles, criando depois um puzzle de homenagens a todos os estilos que sempre gostou...

Umas vezes acerta em cheio e convence meio mundo, outras nem por isso... numa altura em que Hollywood é cada vez mais gerida por pessoas famintas de lucros fáceis, que apostam constantemente em remakes, sequelas e prequelas que depois de feitas se tornam completo lixo cinematográfico enfadonho ou desnecessário... acho que é de louvar ver algo refrescante mesmo que baseado noutros filmes... se Tarantino é um Deus do cinema ou não... se continuar a fazer filmes que ainda valem o preço do bilhete só o podemos louvar por isso!