quinta-feira, 31 de maio de 2012

Ingmar (Iron Maiden) Bergman

O leitor é fã do cineasta Ingmar Bergman?
Agora com o calor a pedir t-shirts, eis uma sugestão certa para envergar uma igual à que esta moço enverga. E apesar do "lettering" ser igual ao do grupo de heavy-metal Iron Maiden, estou em crer que este facto só abonará em favor da distinção de quem vestir tão original t-shirt.

Música com "poder de fogo"

Gosto de música que agite, que seja imprevisível, possante e arrojada (mas também gosto de música com efeitos contrários: que amacie e atenue a tensão). Gosto de música visceral, intransigente, arrebatadora. Gosto de música que extravase os limites de convenções e géneros. Gosto de música que não se limite a copiar fórmulas ortodoxas. Gosto de música enérgica, irrequieta e com “poder de fogo”.
Por isso gosto dos noruegueses Shining. Porque têm todos estes atributos (e mais alguns) na forma explosiva como combinam jazz, rock progressivo e metal.
É favor colocar o volume bem alto para deixar soltar toda a energia inerente. 

quarta-feira, 30 de maio de 2012

A ponte dos suicidas

Há dias, a mítica ponte Golden Gate de São Francisco comemorou 75 anos de existência. Houve festa, comemorações oficiais e foguetes pela celebração de uma das Sete Maravilhas do Mundo Moderno. Mas houve também espaço para recordar a macabra fatalidade que esta ponte transporta: a altíssima taxa de suicídios (até à data, foram 1558 e muitas outras tentativas).












Sobre o fenómeno dos suicidas da ponte Golden Gate existe um notável documentário intitulado "A Ponte" (2006) de Eric Steel. O que leva tanta gente desesperada a cometer suicídio deitando-se abaixo de uma das pontes mais belas do mundo? Que fascínio mórbido é este? E porque é que as autoridades não tomam medidas preventivas que possam diminuir drasticamente esta estatística doentia? O documentário não dá respostas a nenhuma destas questões. Nem pretende fazê-lo. O que faz é mostrar, friamente, o fenómeno suicida na ponte de São Francisco, sem interpretações morais, éticas ou políticas.
Steel filmou durante um ano (2004) a ponte 24 horas por dia, captando os 23 suicídios dos 24 ocorridos naquele ano. Uma média de um suicídio a cada 15 dias (fora as tentativas). O realizador mostra a morte como se fosse em directo, num registo de voyuerismo mórbido que em nada anula a carga de dramatismo da matéria filmada. Complementarmente, Eric Steel entrevista familiares e amigos dos suicidas, tentando compreender as motivações, as personalidades, o porquê. Aí ficamos a saber que a maior parte dos que se suicidam sofrem de depressões e que a taxa de sobrevivência da queda na água é baixíssima (o documentário dá conta de um pungente testemunho de um jovem sobrevivente).
Dos vários casos relatados no filme, o que mais me impressionou é o de Gene Sprague: um jovem, vestido todo de negro, cabelo comprido, óculos escuros, encontra-se encostado à grade da ponte. Olha para um lado e para o outro. O vento forte agita-lhe os longos cabelos. Senta-se na grade durante uns momentos. De um instante para o outro, Gene coloca-se de pé na grade e lança-se hirto de costas para o rio. A sua queda até à morte demorou 4 segundos, a 100km/h:
As autoridades referem que colocar uma vedação mais alta no tabuleiro da ponte iria danificar a estética da obra, para além de significar o investimento de milhões de dólares. Enquanto isso, dezenas de homens e mulheres, vindos de todos os pontos da América, continuam a deslocar-se até à ponte Golden Gate para pôr fim trágico às suas vidas (uma média de 30 suicídios por ano e muitas mais tentativas).
"A Ponte" é um filme forte, sem concessões, que alerta para um drama social de proporções grotescas. É um documentário que apela ao mais íntimo do ser humano, à nossa consciência e ao nosso espírito.

Pattinson & Cronenberg

Tento compreender mas não consigo. Qual é a razão, afinal, do histerismo feminino à volta do actor Robert Pattinson? É um actor assim tão extraordinário? Tem uma beleza e um carisma tão insuperáveis? Não me parece. O que demonstrou na saga "Twilight" é que não passa de um actor mediano cujo papel principal poderia ser interpretado por dezenas de outros actores da sua geração. Mas pronto, caiu no gosto das adolescentes que o elevaram a um ícone actual. A tal ponto que hoje, para o verem de perto, muitas dezenas de raparigas esperaram (durante horas) o actor à entrada do Centro Cultural de Belém (algumas vieram até de Espanha) para a estreia do filme "Cosmopolis" de David Cronenberg.
Claro que 90% das adolescente não farão a mais pequena ideia quem é Cronenberg e que tipo de cinema faz (e fez). Também é matéria que não interessa. O que interessa a estas jovens fanáticas é ver o seu ídolo num filme. Seja em que filme for. 
Posto isto, duas coisas me assaltam o espírito:
1) Duvido que as adolescentes venham a gostar da estética bizarra e ousada de "Cosmopolis"; 
2) Duvido que David Cronenberg aprecie esta idolatria à volta de um actor de um filme seu.

terça-feira, 29 de maio de 2012

segunda-feira, 28 de maio de 2012

Turismo fílmico

Allen Fuqua não é um turista qualquer. É um turista que tem como critério turístico o cinema. Escolhe algumas cenas de filmes de que gosta, visita o país, a cidade e o exacto local onde essa cena foi filmada. Depois, com algum engenho no enquadramento, Allen Fuqua fotografa-se a si próprio imitando essa determinada cena. Fuqua chama a este processo "Movie Mimic", e percebe-se porquê. No seu site, Fuqua chega ao pormenor de colocar a informação da cidade, país, morada e localização geográfica (auxiliado pelo Google Maps) das cenas que recria. É um passatempo bem curioso e interessante.
Eis alguns exemplos de fotografias que o autor recria dos seguintes filmes (pela seguinte ordem): "Inception", "Lost in Translation", "O Talentoso Mr. Ripley", "28 Days Later". Há mais exemplos no site de Allen Fuqua.

domingo, 27 de maio de 2012

Cannes - todos os trailers

O jornal SOL resolveu facilitar a vida de muito cinéfilos e colocou online todos os trailers dos filmes em competição no festival de Cannes (que hoje termina). Os trailers podem ser vistos aqui.
(Imagem de "Amour" de Michael Haneke, que acabou de ganhar a Palma de Ouro!)

sábado, 26 de maio de 2012

Desplat, Takemitsu e Kurosawa


Ouvi no programa de rádio "Cinemax" (Antena 3) uma interessante entrevista a um dos mais criativos compositores para cinema da actualidade: Alexandre Desplat. Das várias influências que citou (Nino Rota, Maurice Jarre, George Delerue...), citou a de Toru Takemitsu, compositor japonês famoso pelas partituras que criou para o realizador Akira Kurosawa
Desplat frisou que admirava a forma como Takemitsu misturava a sonoridade de uma orquestra com os sons tipicamente tradicionais do Japão. O compositor era exímio nesta difícil fusão entre a tradição musical ocidental e a oriental, criando novas texturas, novas cores e novas dimensões sonoras. É o caso da banda sonora original que compôs para a obra-prima de Kurosawa, "Ran - Os Senhores da Guerra" (1985), na qual mistura as percussões e flautas japonesas com orquestrações densas de cordas ocidentais. Um trabalho deveras notável que contribuiu para o forte impacto visual e emocional que o filme provoca no espectador. 

quinta-feira, 24 de maio de 2012

A má educação numa sala escura


A notícia lê-se no site c7nema.net: "Jovem agride criança barulhenta num cinema".
O episódio ocorreu em Washington, nos EUA. Yong Hyun Kim e a namorada assistiam a "Titanic 3D", enquanto um grupo de crianças falavam, comiam pipocas de forma ruidosa e usavam a sala de cinema como sala de estar. Kim não foi de modas e deu um valente murro numa dessas crianças, levando mais tarde a policia a intervir. Segundo o agressor, ele não reparou que o agredido era apenas uma criança, mas acrescenta que o grupo estava realmente a fazer uma enorme barulheira, que envolvia mesmo corridas nos corredores das filas do cinema e arremesso de pipocas para a audiência. Na verdade, quem nunca sofreu com espectadores menos educados numa sala de cinema? Toda a gente, calculo. Apesar de condenar a reacção violenta do jovem, eu compreendo-a. Há limites para a paciência, a provocação e a falta de respeito. E há muito se perdeu o culto quase religioso e a postura solene de presenciar um filme numa sala escura juntamente com outras pessoas.
Dos vários episódios que eu próprio presenciei, houve um particularmente imcómodo e irritante: estava a desfrutar do filme "De Olhos Bem Fechados" de Stanley Kubrick, quando um casal de namorados, atrás de mim, começou a falar alto e a rir. Na sequência do ritual das máscaras no castelo, que eu tanto queria ver (e ouvir) em total sossego, foi quando o momento em que o casal mais ria e fazia barulho. A forma de manifestar o meu total desagrado foi levantar-me ostensivamente da cadeira em que me encontrava e sentar-me três filas à frente num lugar vago. Mas se na vida em sociedade, em geral, estas pessoas não têm regras de boa conduta, de respeito pelos outros e de boa educação, como hão-de ter numa simples sala escura na qual era suposto partilharem o prazer de ver um filme com outros espectadores?

A misteriosa Louise

Apesar da sua curtíssima carreira no cinema, é bem capaz de ter sido uma das mais belas, misteriosas, sedutoras e talentosas mulheres do cinema mudo: Lousie Brooks.

terça-feira, 22 de maio de 2012

Perguntas indiscretas - 39

Se tivessem que escolher apenas um filme para ser mostrado a crianças (dos 6 aos 12 anos) numa sala de cinema, qual seria esse filme?

segunda-feira, 21 de maio de 2012

Michael Shannon


É oficial: Michael Shannon é um actor por-ten-to-so. Incrivelmente dotado, de uma expressividade física e emocional sem paralelo na sua geração de actores. Já tinha ficado impressionando com a sua performanfe no filme "Bug" (2007) de William Friedkin, magnífica e inquietante obra sobre a paranóia da segurança nos EUA. Em 2011, no brilhante filme "Take Shelter" (acabou de estrear em Portugal), do jovem realizador Jeff Nichols, Michael Shannon supera-se a si próprio e não encontro palavras para adjectivar a sua actuação. O que me leva à pergunta intrigante: como é possível a Academia de Hollywood ter ignorado este desempenho e não ter nomeado Shannon para a categoria de Melhor Actor nos Óscares 2011?
Michael Shannon tem, no filme de Jeff Nichols, uma interpretação que provoca arrepios. Ele é Curtis, homem bom e comum da América profunda (Ohio), que ama a sua família mas que começa a ser atormentado com visões e alucinações apocalípticas. Durante todo o filme, Shannon revela uma impressiva capacidade de expressar a angústia devastadora que Curtis sente ao lidar com o problema. Nos mais pequenos olhares (e que olhar tem Shannon!), na forma pausada como gesticula e fala, Curtis é um homem torturado pelo medo de perder-se e perder tudo à sua volta. Não seriam todos os actores que conseguiriam expressar tamanha confusão psicológica e emocional de uma personagem complexa como Curtis. Mas Michael Shannon consegue esse extraordinário feito de convencer o espectador. E só com grandes qualidades é que tal se consegue.
Quanto ao filme propriamente dito, voltarei a ele brevemente, sendo que adianto, desde já, que é um forte candidato aos melhores filmes do ano (apesar de ser de 2011).

Stephen King no cinema


Durante o ano de 2012 vamos assistir, pelo menos, a dois filmes com base em obras literárias de terror do escritor Stephen King: um remake de "Carrie" e "A Good Marriage".
Se há um nome incontornável da literatura moderna de terror esse nome só pode ser Stephen King. Herdeiro da tradição literária dos contos góticos e fantásticos de Edgar Allan Poe e Lovecraft, King desenvolveu um extraordinário talento para contar histórias de notável suspense e horror (sobrenaturais ou não). E não esqueçamos que King se revelou não apenas como escritor do género de terror, como também ao nível da ficção que nada tem a ver com o medo. São os casos dos livros "Stand by Me" e "Shawshank Redemption", cujas adaptações cinematográficas foram deveras notáveis.
Por outro lado, se há escritor cujas obras foram, bastas vezes, adaptadas ao cinema (e à televisão), Stephen King também lidera a lista. Foram, literalmente, dezenas e dezenas de filmes com base em contos, novelas e romances do mestre do terror fantástico. Muitas adaptações são sofríveis porque apenas exploraram o filão comercial do nome do escritor sem quaisquer resultados em termos artísticos. Mas muitos outros realizadores conseguiram transpor para o grande ecrã as histórias de King com grande mestria.
E há até realizadores que, praticamente, só fazem filmes com base em histórias de King (como Frank Darabont). De todos os filmes que conheço baseados na obra de Stephen King, eis os meus 12 filmes favoritos:
12 - "A Janela Secreta" (2004) de David Koepp
11 - "Pet Sematary" (1989) de Mary Lambert
10 - "1408" (2007) de Mikael Håfström"
9 - "Christine" (1983) de John Carpenter
8 - "Carrie" (1976) de Brian De Palma
7 - "The Green Mile" (1999) de Frank Darabont
6 - "The Mist" (2007) de Frank Darabont


E o magnífico top 5:


5 - "Misery" (1990) de Bob Reiner

4 - "The Dead Zone" (1983) de David Cronenberg

3 - "Stand by Me" (1986) de Bob Reiner

2 - "Os Condenados de Shawshank" (1994) de Frank Darabont

1 - "The Shining" (1980) de Stanley Kubrick

domingo, 20 de maio de 2012

As imagens e sons da Serra Pelada


Do trabalho árduo dos mineiros da Serra Pelada (minas de ouro do Brasil) extrai-se beleza visual ao ritmo da música tribal e de um coro de crianças sul-americanas. A vida em transformação, em consonância com o chamamento original da terra, o sacrifício humano em prol do desenvolvimento civilizacional. O suor destes homens é vertido em ganância alheia. O trabalhador morto que é carregado aos ombros pelos colegas (no final do vídeo) transforma-se numa espécie de "Pietá" dos tempos modernos.
As imagens são captadas por um dos maiores documentaristas de sempre, Godfrey Reggio, musicadas por um dos maiores compositores contemporâneos, Philip Glass.
"Powaqqatsi" é o segundo capítulo de uma trilogia magistral e única na história das imagens e dos sons - "Trilogia Qatsi".
Esta sequência inicial pode ser vista aqui.

sábado, 19 de maio de 2012

Hannibal Lecter no corpo

Há quem goste tanto de determinadas personagens do cinema que as tatuam em várias partes do corpo. É o chamado "Cine-Tattoo". Convenhamos: exibir no corpo Travis Bickle, Hannibal Lecter, Jack Torrance ou Sweeney Todd, é sinal original de distinção.

A música eterna

Já escrevi isto várias vezes neste blogue: a banda da minha vida são os Joy Division. Para perceber porquê, basta ler o que escrevi neste post.
No dia 18 de Maio assinalam-se 32 anos da morte do vocalista da banda, Ian Curtis, eterno poeta maldito das entranhas da alma. Ainda hoje, tantos anos depois, a música dos Joy Division me emociona como nenhuma outra.
"This is the way, step inside":

quinta-feira, 17 de maio de 2012

Entrevista Póstuma (11) - Marlene Dietrich

Depois de 10 Entrevistas Póstumas feita a realizadores como Kubrick, Buñuel, Tati, ou músicos como Ian Curtis ou Jimi Hendrix, volta uma nova ronda de Entrevistas Póstumas.
A primeira entrevistada: Marlene Dietrich (1901 - 1992)
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O Homem Que Sabia Demasiado - Disse numa entrevista: "Na vida real, a maioria dos actores de cinema é uma decepção. Eu, por outro lado, sou melhor na vida real do que no cinema."

Marlene Dietrich - Oh, quando disse isso estava no início da carreira, ainda não tinha alcançado a maldita fama que consegui muitos anos depois. Mas é verdade que sempre pensei isso. Os actores são uma espécie rara, com muitos tiques e presunções que não suporto. Podem acusar-me de ter também alguns tiques, mas sempre me achei uma mulher mais interessante na vida real do que no cinema.

O Homem Que Sabia Demasiado - Participou em sete filmes do realizador Josef von Sternberg, com o início mítico no filme "O Anjo Azul", que lançou a sua carreira como "sex-symbol".

Marlene Dietrich - Pois foi. Trabalhei com Sternberg de 1930 a 1935, na Alemanha. Foram anos muito duros, de total entrega e sacrifício. Poderia ter continuado a trabalhar com Sternberg, mas o Nazismo estava no poder e não me identificava com ele. Hitler ainda me convidou para protagonizar filmes de propaganda nazi, mas recusei e exilei-me nos EUA. Hitler chamou-me de "traidora", mas não me importei...

O Homem Que Sabia Demasiado - Anos depois a 2ª Guerra Mundial deflagra e dedica-se a cantar para as tropas aliadas.

Marlene Dietrich - Foi uma espécie de catarse. Senti que a minha voz e a minha presença eram fortes e ajudavam o moral dos soldados.

O Homem Que Sabia Demasiado - Mesmo com o seu visual algo andrógino.

Marlene Dietrich - Ah ah ah! Sempre gostei de cultivar essa imagem. Sabe, fui das primeiras figuras públicas femininas a usar calças de homem e a fumar em 1920! Mas os homens gostavam disso, ficavam todos caídos por mim.  

O Homem Que Sabia Demasiado - A sua filha Maria Riva escreveu um livro sobre si no qual a declarava uma pessoa fria e autoritária.

Marlene Dietrich - Sempre gostei da minha filha. Apesar de alguns problemas, tínhamos uma boa relação. Mas preferia não comentar.

O Homem Que Sabia Demasiado - Um dos últimos grandes filmes em que participou foi em "Sede do Mal" (1958) de Orson Welles, em que interpreta uma cigana cartomante. Gostou desse papel e do filme?

Marlene Dietrich - Adorei trabalhar com o Orson! Nesse filme interpretava o capitão Quinlan, um polícia corrupto, gordo e sebento, que tentava seduzir-me. Ah ah ah, cada vez que me lembro do que nos divertimos a fazer esse fantástico filme. O Orson era completamente louco. Genialmente louco.


O Homem Que Sabia Demasiado - Morreu com 90 anos. É verdade que tinha medo do envelhecimento e da morte?

Marlene Dietrich - Custa-me admitir, mas é verdade. Tinha horror à velhice e guardei numa gaveta todas as fotos de quando era nova. Por isso me isolei de todos e de tudo. Fui aguentando a solidão e o sofrimento da velhice, até ao fim irremediável.

quarta-feira, 16 de maio de 2012

Moretti e o jornalismo
















"Italian journalism is getting worse and worse. It is looking for sensationalism. I don't identify with the descriptions many journalists give of me, but never mind."
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Na verdade, parece-me que a opinião de Nanni Moretti se poderá adaptar, com toda a legitimidade e facilidade, a muitos outros países europeus - Portugal incluído.

Os sons de Aronofsky

O pénis que custou um Óscar?










Michael Fassbender, protagonista de "Shame" veio dizer à revista GQ que ter mostrado o pénis na casa de banho no filme de Steve McQueen, o prejudicou ao ponto de ter perdido... um Óscar!
Comentário: para além de uma certa atitude pedante do actor em dizer isto, creio que - a ser verdade -nem outra coisa seria de esperar da Academia de Hollywood, uma vez que "Shame" é um filme não se enquadra, de todo, nos critérios púdicos e conservadores da referida Academia.

terça-feira, 15 de maio de 2012

Tim Burton - uma questão de DVDs

O jornal Público irá lançar, entre o dia 22 de Maio e o dia 10 de Julho, a Colecção Tim Burton, composta por oito filmes da autoria do realizador. "Eduardo Mãos de Tesoura", "Sweeney Todd – O Terrível Barbeiro de Fleet Street", "Charlie e a Fábrica de Chocolate", "A Lenda do Caveleiro sem Cabeça", "O Grande Peixe", "A Noiva Cadáver", "Marte Ataca" e "Planeta dos Macacos" são as obras escolhidas para distribuir às terças-feiras, ao preço de 5,95€. É bom que haja, de quando em vez, edições deste género para o grande público que não costuma comprar DVD. Porque, a bem dizer, não faz grande diferença para quem é cinéfilo e tem por hábito adquirir, ao longo dos anos, filmes em DVD como um verdadeiro coleccionador.
E para ser rigoroso, a minha opinião é que faltam quatro filmes esenciais da filmografia de Tim Burton nesta colecção (alguns nunca tiveram edição nacional): "Ed Wood", "Batman", "O Estranho Mundo de Jack" e "Pee Wee's Big Adventure". E dispensavam-se os DVD de "Planeta dos Macacos" e "A Lenda do Cavaleiro Sem Cabeça", que considero títulos menores de Burton. Mas claro, esta é a minha opinião (como diria Herman José - "pode haver outras"). 

Discos que mudam uma vida - 164

Lamb - "Fear of Fours" (1999)

segunda-feira, 14 de maio de 2012

Parabéns Mr. Byrne!

Um dos grandes escritores de canções pop dos anos 80 e 90, David Byrne, comemora hoje 60 anos de idade. Byrne foi fundador e vocalista dos míticos Talking Heads, cujo videoclip do tema em baixo, "The Lady Don't Mind" (1986), foi realizado pelo realizador Jim Jarmusch.
Parabéns Mr. Byrne!

domingo, 13 de maio de 2012

Michelle Pfeiffer

Michelle Pfeiffer já foi uma das mais talentosas, sensuais e belas actrizes dos últimos 30 anos. Filmes como "Scarface - A Força do Poder" (1983) de Brian De Palma, "Ligações Perigosas" (1988) de Stephen Frears, "Os Fabulosos Irmãos Baker" (1989) de Steven Kloves (na imagem), "A Casa da Rússia" (1990) de Fred Schepisi, "Batman Regressa" (1992) de Tim Burton, "A idade da Inocência" (1993) de Martin Scorsese, elevaram Michelle Pfeiffer a um panteão raramente alcançado.
Três vezes nomeada ao Óscar de Melhor Actriz, nunca ganhou, mas não é por isso que a sua carreira foi beliscada. É verdade que, se os anos 80 e 90, foram proveitosos para Michelle, o mesmo já não se poderá dizer da primeira década de 2000, na qual não teve nenhum papel absolutamente relevante como nos filmes citados. Pfeiffer regressa agora, aos 53 anos, num filme de grande projecção, novamente às ordens de Tim Burton - "Dark Shadows". Ainda não vi o filme, mas a fazer fé em críticas que já li, parece que a actriz se revela uma pálida imagem do que já foi. A ser verdade, é pena que assim seja, mas todos os cinéfilos sabem bem quão difícil é a para a geração de actrizes de Michele Pfeiffer (50 anos) conseguirem bons papéis em bons filmes.

O médico cinéfilo


Só há dias reparei, ao ver um episódio da série "Dr. House" na televisão, que o colega de House, o Dr. James Wilson (interpretado pelo actor Robert Sean Leonard) tem na parede do seu gabinete (pelo menos) dois posters de filmes: "Touch of Evil" (1958) de Orson Welles, e "Vertigo" (1958) de Alfred Hitchcock (na imagem, vislumbra-se do lado esquerdo o poster de "Touch of Evil" e do lado direito o poster de "Vertigo"). Um médico com excelente gosto cinéfilo, portanto.
Se um dia eu entrasse num consultório médico e me deparasse com estes posters de cinema na parede, certamente que a minha confiança e consideração para com esse médico subiria em flecha. É que um doutor cinéfilo só pode dar boas garantias médicas!

sexta-feira, 11 de maio de 2012

Na morte de Sassetti

Quando morre um grande músico prematuramente (41 anos), poucas palavras sobram para dizer o que quer que seja. Para memória futura, ficam as palavras do próprio Bernardo Sassetti, tão honesto e genuíno nas opiniões que tinha sobre a música:

Jornalista: "As pessoas têm pouca capacidade para distinguir o que é genuíno?"
Bernardo Sasseti: "A oferta é tanta que gera muita confusão. Hoje os objectos só chegam às pessoas em grande volume através de coisas que são extra-artísticas, ligadas ao comércio, à venda, ou à má influência da televisão na venda de discos que são iguais a milhões de outros antes deles. Existem muitos produtos a que se chama música e que não são música. Música é uma procura, e 95 por cento da música que se lança hoje e que se vende é uma repetição de fórmulas. Ao mesmo tempo, a música portuguesa perdeu um lado genuíno. Recorre-se muito à fórmula fácil para chegar às pessoas. Mas será um problema dos artistas, ou será também dos consumidores, que são pouco exigentes?"
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Entrevista conduzida por Alexandra Prado Coelho publicada no Público.















quinta-feira, 10 de maio de 2012

Playtime #73

A solução: "L'Age D'Or" (1930) - Luis Buñuel
Quem descobriu: Pedro Polónio

Hitch e o rasto de fogo

É conhecido o facto de estarem em andamento as filmagens de dois filmes directamente ligados a Alfred Hitchcock: "The Making of Psycho", sobre a rodagem do filme com o mesmo nome de 1960, com Scarlett Johansson no papel que celebrizou Janet Leigh e Sir Anthony Hopkins no lugar de Hitchcock; e "The Girl", do inglês Julian Jarrold, que aborda a difícil relação entre o cineasta inglês e a actriz Tippi Hedren, a heroína de "Os Pássaros" (1963).
"Os Pássaros" é um dos meus filmes favoritos do mestre. Sempre me impressionou a forma como está realizado, a frieza irracional do ataque das aves, a ausência de explicação científica para a revolta animal, e ausência de banda sonora,  desorientação dos humanos, etc.
Uma das sequências mais emblemáticas do filme é esta que reproduzo em baixo. O ataque das aves, aparentemente sem sentido, provoca a explosão numa gasolineira. O modo magistral como Hitchcock filmou toda esta sequência comprova a mestria de Hitch no momento de explorar o medo e a tensão emocional: a montagem milimétrica, os ângulos de câmara concisos e, sobretudo, o fabuloso plano final em que se vê, numa perspectiva aérea, o rasto de fogo com as aves a surgirem paulatinamente no centro do ecrã, mostram a invulgar visão estética de Hitchcock.
Sabemos que no mundo do cinema muitos projectos mudam de mãos. Nesta perspectiva, eis alguns filmes clássicos que quase foram parar a outros realizadores:

- "Breakfast at Tiffany's" de Blake Edwards, quase realizado por John Frankenheimer
- "Harry Potter e a Pedra Filosofal" de Chris Columbus, quase realizado por Steven Spielberg.
- "O Padrinho" de Francis Coppola, quase realizado por Sergio Leone.
- "Tubarão" de Steven Spielberg, quase realizado por Dick Richards.
- "Dune" de David Lynch, quase realizado por Alejandro Jodorowsky.
- "O Exorcista" de William Friedkin, quase realizado por Peter Bogdanovich.
- "Alien" de Ridley Scott, quase realizado por Roger Corman.
- "A Face Oculta" de Marlon Brando, quase realizado por Stanley Kubrick.
- "Jurassic Park" de Steven Spielberg, quase realizado por Tim Burton.
- "Total Recall" de Paul Verhoeven, quase realizado por David Cronenberg.

quarta-feira, 9 de maio de 2012

Créditos finais

Sou daqueles cinéfilos que gostam de estar no cinema até ao fim dos créditos finais. Faço-o por uma questão de atitude e de princípio, mas também para ler certas informações úteis que me possam interessar (elenco, director de fotografia, autor da composição musical...) ou, simplesmente, para reflectir sobre o filme enquanto ouço a banda sonora que estiver a tocar (claro que há créditos finais mais interessantes do que outros). Por isso sempre me fez confusão a atitude daqueles espectadores que, ao mínimo sinal do fim do filme, se levantam apressadamente da cadeira enquanto comem as últimas pipocas que restam do balde. Ou o inacreditável caso de certos projeccionistas que terminam a projecção assim que começa a rodar as legendas finais. Para mim, um filme acaba, verdadeiramente, no fim dos créditos finais.
Creio que o verdadeiro cinéfilo cultiva uma disciplina comportamental com algum rigor, como se a sala de cinema fosse um espaço de culto religioso. E quem fala dos créditos finais, fala do genérico inicial (quando existe). E neste aspecto, partilho a opinião de Woody Allen: "Se chego ao cinema dois minutos depois do início do filme, fico com a sensação que perdi metade do mesmo". 

terça-feira, 8 de maio de 2012

O regresso em força de John Zorn
















O músico judeu nova-iorquino John Zorn, mentor dos célebres Naked City e dos Masada, é um músico extremamente prolífico. Tem largas dezenas de discos editados e só em 2012 já lançou 3álbuns pela sua editora de sempre, Tzadik.
Vagueando sempre pelos territórios menos óbvios do jazz em confluência com muitas outras estéticas, o saxofonista John Zorn é autor de uma obra algo desigual mas extremamente rica de experiências sonoras.
O seu último álbum acabado de editar, intitula-se "Nosferatu" e é uma homenagem ao escritor Bram Stoker, nos 100 anos da sua morte (Abril 1912).
Os músicos que acompanham Zorn são de primeira qualidade:
John Zorn − Piano, alto saxophone, fender rhodes, electronics, breath
Rob Burger − Piano, organ
Bill Laswell − Bass
Kevin Norton − Vibraphone, drums, orchestral bells, Tibetan Prayer Bowls

E os títulos dos temas remetem, objectivamente, para o imaginário do famoso Drácula imortalizado no cinema por F.W. Murnau em 1922 e por Francis Ford Coppola em 1992:
1. "Desolate Landscape"
2. "Mina"
3. "The Battle of Good and Evil"
4. "Sinistera"
5. "Van Helsing"
6. "Fatal Sunrise"
7. "Hypnosis"
8. "Lucy"
9. "Nosferatu"
10. "The Stalking"
11. "The Undead"
12. "Death Ship"
13. "Jonathan Harker"
14. "Vampires at Large"
15. "Renfield"
16. "Stalker Dub"

Barton Fink



Ontem revi no canal Hollywood o magnífico filme "Barton Fink" (1991) de Joel e Ethan Coen: é a história de um argumentista que, tendo sucesso no teatro da Broadway nos anos 40, é contratado para trabalhar na meca do cinema, Hollywood, no intuito de escrever argumentos para filmes de guerra série B. John Turturro (na imagem), no papel de Barton Fink, é magistral na forma como encarna o papel de um argumentista perturbado e desinspirado por diversos acontecimentos surreais.
Aliás, todo o filme é perpassado por uma atmosfera kafkiana, tensa e enigmática. Quaise diria que tem um toque kubrickiano, na forma como encena determinadas cenas. O filme é sobre o trabalho de escrita, sobre a criatividade das palavras, sobre os sonhos desfeitos, sobre a crise de inspiração, sobre o cinema "himself". 
Foi o primeiro filme dos irmãos Coen a ganhar prémios em Cannes (Palma de Ouro, Melhor Actor e Melhor Realizador) e, para mim, continua a ser o meu filme preferido dos autores de "No Country for Old Man".

segunda-feira, 7 de maio de 2012

O que é o cinema (em 2 minutos)

A essência da arte do cinema em apenas 2 minutos: o realizador russo Andrei Tarkovski sintetiza o que é para ele o cinema enquanto expressão artística e explica a distinção entre cinema "poético" e cinema para as massas. Simples, objectivo e pedagógico.

domingo, 6 de maio de 2012

À procura da pepita





"Hoje é impossível fazer uma selecção musical criteriosa. Há quem perca tempos infinitos a ouvir lixo na internet, nomeadamente no myspace. De vez em quando, no meio de milhares de toneladas de lixo, surge uma pepita. Mas isso é sempre assim. Já os prospectores de ouro trabalhavam uma vida inteira para encontrar uma pepita. As rádios, mesmo antes do advento da internet, deixaram de passar música. Mesmo no meu tempo, deixaram de passar música interessante. Hoje, efectivamente tem-se um grande acesso a tudo o que se faz, mas é preciso saber à partida o que é que se quer, para onde dirigir a busca. Senão, anda-se muito tempo à procura para não se encontrar nada".
Adolfo Luxúria Canibal (líder e vocalista do grupo rock Mão Morta).

Sleeveface

"48" em DVD

Fiquei admirado ao ver este DVD à venda na Fnac por um preço tão acessível (9,99€). Na capa lê-se: "O filme da década!", afirmação do jornal Público.
E pode muito bem ser, porque este documentário de Susana de Sousa Dias brilha pela inovação estética, pelas opções de realização, pela austeridade formal e pelo lado comunicacional fortemente eficiente.
Baseado nas fotografias de arquivo que a PIDE tirou dos prisioneiros políticos durante o regime fascista de Salazar, "48" explora os rostos desses prisioneiros antes e depois da experiência prisional (que quase sempre era acompanhada por terríveis suplícios de tortura e opressão). Ao mesmo tempo que o espectador vê, em imaculados planos fixos, os rostos de desespero e angústia, ouve o testemunho das terríveis experiências passadas pelos presos. São rostos que interpelam, incomodam, questionam a própria substância e valor de uma imagem.
A montagem, minimalista e quase ascética, abdica da tradicional estratégia narrativa, optando por estruturar o filme como uma sequência rígida de fotografias (separadas por suaves "fade-out" durante 90 minutos). A sonoplastia é subtil mas suficiente para aumentar o ambiente austero e emocional das imagens e respectivos relatos. Os silêncios incómodos também abundam nos depoimentos angustiados das vítimas (chega-se a ouvir a respiração dos homens e mulheres).
São testemunhos pungentes de homens e mulheres vulgares que sofreram nas mãos de carrascos a mando de um sistema mais violento do que se julga. São rostos que falam, que expressam variadas emoções e provam a violência psicológica exercida pela polícia política de Salazar. O filme "48" é, por isso, um documento fascinante sobre os 48 anos de ditadura e uma experiência audiovisual única, exigente, original, com um grande significado histórico e que contém uma força interior serena que chega a perturbar (não admira que tenha conseguido variadíssimos prémios pelos festivais por onde tem passado).
Sem dúvida um dos mais inventivos filmes portugueses dos últimos anos, "48" está agora à disposição em DVD a um preço muito acessível.

sábado, 5 de maio de 2012

Adam RIP


Em 2009, o músico Adam Yauch da seminal banda de hip-hop (e não só) Beastie Boys anunciou publicamente que padecia de um cancro na glândula salivar. Foi submetido a uma cirurgia para remover o tumor, mas este procedimento médico não apaziguou a doença.
Assim, Adam Yauch, de 47 anos, fez uma viagem à Índia para se submeter a tratamentos tibetanos (Yauch é budista há muitos anos). Na Índia foi examinado por alguns médicos tibetanos, tendo passado três dias a meditar ao lado do líder espiritual do Tibete, Dalai Lama. “Sinto-me saudável, forte e esperançoso de que estou a vencer esta batalha, mas é óbvio que só o tempo dirá”, escreveu o músico. No entanto, a oença foi mair forte e Adam faleceu ontem nos EUA, como noticia o site BLITZ.
Nunca fui particularmente fã de hip-hop, mas gostava dos Beastie Boys e tenho vários discos deste trio nova-iorquino. A fusão com o punk, o jazz, o rap e sons do mundo, faziam a diferença.
RIP Adam Yauch.

quinta-feira, 3 de maio de 2012

Cinema e suicídio

Há um ano atrás, inserida num simpósio nacional sobre suicídio, fiz uma prelecção sobre o tema "Cinema e Suicídio" cujo resumo pode ser lido aqui.
Na sequência desse evento, amanhã, dia 4 de Maio, a convite da Associação Portuguesa de Suicidologia, irei apresentar em Coimbra o filme "Wilbur Quer Matar-se" (na imagem) seguido de debate.
Esta iniciativa insere-se nas comemorações dos 20 anos das consultas de prevenção do suicídio dos HUC - Hospitais Universitários de Coimbra e decorrem entre Maio e Novembro. Para além do ciclo de cinema sobre a temática (Maio), haverá ainda um ciclo de literatura (Junho) e uma exposição. Todos os interessados de Coimbra (e não só) estão convidados.

Consulta de Prevenção do Suicídio HUC - Comemorações dos 20 anos.

PROGRAMA:

CICLO DE CINEMA
4 Maio “Wilbur Quer Matar-se” – Victor Afonso, 21h
11 Maio “Virgens Suicidas” – António Olaio, 21h
18 Maio “Last Days - Últimos Dias” – Jorge Seabra, 21h
25 Maio “Alemanha, Ano Zero” – Abílio Hernandez, 21h
Local: Auditório do Mosteiro Santa Clara-a-Velha

CICLO DE LITERATURA
1 Junho “Trindade Coelho” – José Morgado Pereira, 18h
8 Junho “Florbela Espanca” – José Carlos Seabra Pereira, 18h
15 Junho “Mário de Sá-Carneiro” – António Apolinário Lourenço, 18h
22 Junho “Antero de Quental” – Fernando Catroga, 18h
Local: Casa das Caldeiras (R. Padre António Vieira)

EXPOSIÇÃO
25 Setembro a 25 Novembro
“Entre o Vazio e a Vida”
“Colectivo Os Pescadas”
Local: Átrio Principal HUC-CHUC

quarta-feira, 2 de maio de 2012

O início de Scarlett e Natalie

Eis duas pérolas dos arquivos do cinema: as primeiras audições de duas  actrizes actualmente confirmadas do firmamento de Hollywood: Scarlett Johansson e Natalie Portman
Neste vídeo, Scarlett fazia a audição para a comédia familiar "Jumanji" (1995), cujo papel seria "roubado" pela actriz Kirsten Dunst.
No vídeo a seguir, temos a criança Natalie Portman, então com 12 anos, no seu primeiro "test screen" que lhe serviria de rampa de lançamento para uma brilhante carreira: "Leon - O Profissional" (1994) de Luc Besson (uma notável estreia no cinema). Dois momentos curiosos que atestam o arranque da carreira de dois talentos natos no mundo do cinema. 

Um dos filmes do ano?

Esta semana estreia aquele que poderá ser um dos grandes filmes-surpresa do ano: "Temos de Falar Sobre Kevin". O que penso dele escrevi-o aqui.