segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Volta Lennon, estás perdoado!


John Lennon deve agora repousar mais descansadamente, onde quer que esteja: 38 anos depois, o Vaticano perdoou o ex-Beatle por este ter dito, em Maio de 1966, esta frase altamente perigosa e ofensiva para a moral cristã: “Os Beatles são mais famosos que Jesus Cristo”. Na altura o músico dos Beatles arrependeu-se e pediu perdão pela frase (apenas porque temia represálias populares numa altura em que os Beatles estavam em digressão americana). Repare-se que Lennon não fez qualquer tipo de juízo de valor sobre a figura de Jesus, limitando-se apenas a referir-se à "popularidade" do mesmo com os quatros músicos de Liverpool. Mas foi o suficiente para que a ortodoxia religiosa do Vaticano se sentisse, solene e religiosamente, ofendida.
No entanto, o Vaticano e o Papa lá meteram a mão na consciência passadas estas décadas (até foram rápidos, costumam levar séculos!) e perdoaram John Lennon pelo “disparate” proferido (a expressão é do Vaticano). Na altura em que esta frase foi dita por Lennon, era bem provável que correspondesse à verdade, literal e metaforicamente. Os Beatles viviam o apogeu do estrelado mediático à escala planetária como nunca se vira antes. Na verdade, tal como agora. É apenas uma referência sem precisão científica, mas pesquisando no Google por Jesus Christ e Beatles, chegamos a esta interessante conclusão: Jesus Christ – 25 milhões e 200 mil resultados; Beatles – 63 milhões e 200 mil resultados. Percebe-se que a afirmação de John Lennon foi, não só acertada, como visionária. Podes fazer o V de vitória, John Lennon!
Por último, o artigo do Vaticano no qual se perdoa John Lennon, admite que as canções de Lennon e McCartney revelaram uma “extraordinária resistência à passagem do tempo”. Eu acrescentaria: o mesmo já não se poderá dizer da religião cristã…

7 comentários:

Anónimo disse...

«VOLTA LENNON, ESTÁS PERDOADO!»

Eu sei que os milagres são uma coisa muito bonita e tal, mas agora é capaz de ser um bocadinho tarde...

Unknown disse...

O "volta" foi aplicado em sentido figurado e hiperbólico, claro está.

Anónimo disse...

Claro! A crítica era mesmo para o Vaticano mais os seus disparates. Um abraço.

Jorge Silva disse...

e V de Vaticano tambem!

Anónimo disse...

"Por último, o artigo do Vaticano no qual se perdoa John Lennon, admite que as canções de Lennon e McCartney revelaram uma “extraordinária resistência à passagem do tempo”. Eu acrescentaria: o mesmo já não se poderá dizer da religião cristã…"2000 e tal anos dizem-lhe alguma coisa?

Anónimo disse...

se botar apenas "jesus" no google saem-lhe 185 milhões de resultados. um bocadinho mais que 65 milhões, pouquinho, hum?

Unknown disse...

kguisto: precisamente por causa desses 2000 e tal anos é que eu disse o que disse sobre a religião cristã - em muitos conceitos e aspectos parece que o Vaticano ainda vive na Idade Média.

E escrever apenas "jesus" em vez de "jesus cristo" no google é contornar e falsear a pesquisa. Uma coisa é jesus (há milhões de nomes próprios jesus na América Latina e no Brasil), outra bem diferente é Jesus Cristo, que à partida houve só um. Era o mesmo que, em vez de pesquisar po Beatles, pesquisasse apenas por Ringo Starr (os resultados seriam totalmente diferentes).