terça-feira, 8 de julho de 2008

A herança de George Gershwin


Este ano assinalam-se (se não se assinalarem também não importa) 110 anos do nascimento do grande compositor americano George Gershwin. Morreu cedo, com apenas 39 anos de idade, mas foram 39 anos vividos de forma intensa. 39 anos suficientes para marcar a música do início do século XX com a forma, extremamente engenhosa e criativa, como fundiu as linguagens da música erudita e do jazz (juntamente com o seu irmão, o letrista Ira Gershwin). O seu contributo na composição musical para teatro (e especialmente os musicais da Broadway), foram decisivos no enriquecimento estético desta área artística. A ópera "Porgy and Bess" tornou-se um exemplo maior da sua capacidade criativa, ainda que no imaginário popular persistam os eternos acordes da obra orquestral "Rhapsody in Blue" ou "An American in Paris", adaptado em 1951 ao cinema de forma notável por Vincent Minnelli e com um admirável Gene Kelly a dançar ao ritmo sincopado de Gershwin.
À semelhança de Kurt Weill (este de origem alemã mas com nacionaldiade americana) e de Cole Porter, George Gershwin representa o melhor que a música norte-americana mostrou ao mundo no domínio da música para teatro e musical da primeira metade do século XX, abrindo novas perspectivas artísticas para o jazz vocal e para a fusão de estéticas distintas. Gershwin foi um daqueles criadores cuja influência ainda se faz sentir - e muito - em muitos compositores das novas gerações (como Danny Elfmam - ver posts sobre o músico).
E já agora, aprecie-se este magnífico filme de animação da Disney com a música da primeira parte de "Rhapsody in Blue":

1 comentário:

sem-se-ver disse...

também há a 2ª parte no youtube. sempre fica mais completo :-)

(desc a intromissão, é porque eu mesma o utilizei há uns meses)